O dia em que o Brasil parou

O dia em que o Brasil parou
O dia em que o Brasil parou

O dia em que o Brasil parou – Os dias estão passando e a pandemia sem bem chegou e já paira no ar o medo e a insegurança. Olhamos para o passado tentando encontrar respostas e ao não encontrarmos o medo começa a tomar conta de parte de nossos pensamentos. Balançamos a cabeça como que para espantá-lo como se fosse uma nevoa que nos envolve.

Tentamos imaginar o futuro e aí misturamos o medo com a insegurança e nos perguntamos: como serão os próximos dias e semanas? Quanto tempo irei suportar a paralisação total?
Rebobino meus pensamentos e repasso as últimas décadas das minhas seis e não tenho recordação de que tenha ocorrido um fato que colocasse a maioria esmagadora da sociedade brasileira com a mesmas dúvidas.

Lembro sim de quando o projeto de eleições direta não foi aprovado no congresso nacional, mas de certa forma não era algo que estivesse presente em todas as camadas sociais.

Depois vieram alguns planos econômicos trocando o nome do nosso dinheiro e mesmo assim a vida seguia com os desafios de sempre ainda mais para aqueles que tinham que trabalhar arduamente para conseguir suas necessidades básicas, mas sem medo e insegurança coletiva.

Mais recentemente, com a explosão das denúncias de corrupção, as prisões e o impeachment de um presidente não senti o medo presente e a insegurança do futuro espalhados de forma linear entre todos.

Agora, ricos, pobres, classe remediada, todos de forma indistinta estão em suas casas pensando o que irá acontecer. Alguns, a minoria em nosso País, pensam quanto irão perder de seus investimentos. Outros, um pouco mais que a minoria, como irão financiar a manutenção de sua qualidade de vida adquirida ao longo do tempo. Finalmente a grande maioria não está pensando no fim desta pandemia, mas sim na semana que vem pois vai precisar ganhar de qualquer forma algum dinheiro para comprar comida enquanto nossos líderes estão brigando pelo espaço na mídia e nas redes sociais.

Este é o retrato horrível desta pandemia, mas quem sabe ela – a pandemia – ao menos faça com que passemos todos, indistintamente, a pensar e pensar na hora de escolher os líderes em um processo democrático verdadeiro.
Maio – 2020

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